A Comunidade sempre procurou recebê-las, mas encontrou dificuldades, por serem crianças às vezes problemáticas e de comportamento difícil. k1o46
Foi então que alguns voluntários se prontificaram: Magno Valtério, de Conselheiro Lafaiete-MG; Arlindo Dias, de Ouro Preto-MG; e *Joaquim Neto, de Araguari-MG.
Pelo chamado de Deus a uma vocação, estes deixaram seus familiares, vindo a fazer parte da grande família fraterna do Vale.
Em abril de 1994, a Comunidade se reuniu sob a orientação de Nossa Senhora, decidindo que a “Casa Mãe” - antiga casa do Sr. Antonio, onde Nossa Senhora formou o Grupo da Fraternidade - deveria ser usada exclusivamente para abrigar tais crianças, sendo também convidados os devidos voluntários.
E assim, em maio de 1994 teve início o trabalho com as crianças. A casa não oferecia condições muito adequadas, mas houve oferta de amor e doação àquelas crianças; e com a ajuda de muitos, aos poucos foi se organizando e se estruturando melhor.
No momento presente são acolhidas em torno de 25 crianças, sendo que alguns são encaminhados ao Vale pelos conselhos tutelares de algumas cidades. Nossa Senhora disse que fica feliz com cada criança que é acolhida.
São mais de 100 crianças que já aram por esta casa e foram novamente reintegradas a seus antigos lares ou a algum de seus familiares.
Os voluntários dedicam tempo integral a este trabalho, cuidando, de acordo com o possível, da alimentação, saúde, higiene, educação, orientação, disciplina e lazer.
Essas crianças, quando chegam, são às vezes rebeldes, conhecendo apenas o que o mundo lhes oferece. Mas aos poucos vão se adaptando e mudando assim o comportamento, com as bênçãos de Nossa Senhora, dando testemunho de uma infância pura e feliz.
São felizes e sentem-se seguros e protegidos, diante da presença das pessoas amigas e carinhosas. Freqüentam normalmente a escola do Vale, participam dos momentos de louvor e de oração. Rezam o terço todos os dias e aprendem a amar a Deus.
Vivem em união e harmonia, dando-nos assim o testemunho de que todas essas crianças abandonadas e desprezadas necessitam de uma maior atenção e doação por parte de todos. Às vezes, a indiferença de muitos é o que os deixa nessas tristes condições.
Que com este exemplo todos possam orar e fazer algo para dar alegria ao coração de tantas crianças, que às vezes são carentes do nosso amor.
Pedimos também a todos que rezem e peçam a Deus as bênçãos sobre esta obra autêntica, dirigida pelo Espírito Santo, através de Nossa Senhora, como de fato o é.
*Joaquim Oliveira Neto permaneceu durante oito anos como responsável pela “Casa Mãe”.